segunda-feira, 26 de novembro de 2007

CASTRO DA COLA

O sítio Castro da Cola é um marco na vida, cultura e tradição da população da Aldeia de Palheiros.
Existe uma ligação forte, é como se fosse uma segunda casa, onde pelo menos 2 vezes por ano as pessoas se reunem. No dia 1 de Maio, as pessoas rumam ao Castro da Cola para fazer um belo piquenique com a família e amigos e dançar no bailarico e nos dias 7 e 8 de Setembro, celebra-se a Romaria de Nossa Senhora da Cola, uma grande devoção popular do povo do Baixo Alentejo. Também nestes dois dias, as pessoas divertem-se, convivem, reencontram amizades, comem e bebem numa grande alegria.

O Castro da Cola é um sitio mágico e místico, um local histórico que você tem que conhecer…






História

O Castelo de Cola, também conhecido como Castro da Cola ou Cidade de Marrachique, localiza-se no Alentejo, freguesia e Concelho de Ourique, Distrito de Beja. Localizado em posição dominante sobre um pequeno outeiro, existem poucas informações históricas sobre este importante sítio arqueológico.
As pesquisas arqueológicas indicam que a ocupação do Castro da Cola remonta a um castro do período neolítico, com particular expressão durante a Idade do Ferro. Foi ocupada por fenícios ou cartagineses, sendo os vestígios relativos ao período Romano insuficientes para permitir uma conclusão.
Na alta Idade Média, são significativos os testemunhos do período Muçulmano, a partir do século VIII, que indicam uma comunidade significativa, baseada na actividade agrícola e pecuária, onde a tecelagem tinha importante papel. Data deste período, ou do subsequente, cristão, o primitivo complexo defensivo, integrado por uma fortificação principal e defesas secundárias.
Essas pesquisas vêm de encontro à suposição aceite de que, quando da ocupação Muçulmana a primitiva defesa da povoação deu lugar a um pequeno castelo, que, à época da Reconquista cristã da península, passou para as mãos dos portugueses durante o reinado de D. Afonso III (1248-1279). Este soberano teria ordenado reparos nas suas muralhas.
Por razões hoje desconhecidas, a estrutura foi abandonada por volta do século XVI, vindo a cair em completa ruína. É desta época a primeira referência documental com relação a estes vestígios arqueológicos, na pena de André de Resende, humanista português, que teria visitado este Castro em 1573.
No século XX, este sítio arqueológico foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. O arqueólogo Abel Viana foi o pioneiro no seu estudo sistematizado, com base nas lendas locais que referiam um tesouro da "moura encantada". As pesquisas arqueológicas que iniciou em 1958 foram suspensas pelo seu falecimento em 1964.
Em alvenaria de pedra, subsiste a entrada para um subterrâneo, actualmente inundado, o que dificulta o acesso. São visíveis, também, as fundações da primitiva torre que defendia e franqueava a entrada da estrutura medieval.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Cola
















O Santuário

O Santuário de Nossa Senhora da Cola, construção do século XVII, é um local de grande devoção popular e muito procurada por peregrinos. A sua construção veio substituir a imagem primitiva, do século XIV, existindo agora uma imagem em talha dourada, do século XVII. Este santuário é património da Santa Casa da misericórdia de Ourique.










Circuito Arqueológico Castro da Cola

O circuito arqueológico do Castro da Cola surgiu como corolário de extensos trabalhos de investigação que, no entanto, estão ainda longe de possibilitar o conhecimento total da realidade arqueológica do concelho de Ourique.
A ideia da sua criação partiu do desejo de mostrar como a paisagem, na aparência agreste, foi, desde épocas recuadas, profundamente marcada pelo Homem. A selecção dos locais foi ditada, não pela monumentalidade dos sítios, mas de modo a contribuir para a diversidade – morfológica, funcional e cronológica – para o desvendar de uma paisagem organizada em torno de um fio condutor – o rio Mira – que funcionou, desde sempre, como o elemento aglutinante das populações deste território.
Dos cerca de trinta sítios conhecidos na região foi seleccionado um conjunto de quinze que, pelo seu estado de conservação e inserção na paisagem, reuniam as melhores condições para uma apresentação ao público: monumentos megalíticos de Fernão Vaz 1, Fernão Vaz 2 e Nora Velha, povoado calcolítico do Cortadouro, necrópoles da Idade do Bronze de Alcaria 1 e Alcaria 2 e Atalaia, povoados da Idade do Ferro de Porto das Lages e Fernão Vaz, necrópoles e monumentos funerários da Idade do Ferro de Fernão Vaz, Nora Velha 2, Vaga da Cascalheira, Casarão e Pego da Sobreira e povoado fortificado islâmico e medieval cristão da Cola (Castro da Cola).
As acções em curso tendentes a criar as referidas condições de apresentação pública dos Sítios passam pela construção de um Centro Interpretativo e de Acolhimento, junto ao Castro da Cola, sinalização (dos acessos e dos sítios), escavações arqueológicas, acções de conservação e restauro e produção de documentação de apoio ao visitante.
Acolhimento de Visitantes
Centro de Acolhimento e Interpretação, onde se disponibiliza informação sobre o circuito, o seu enquadramento natural e os diferentes sítios arqueológicos seleccionados
Loja, publicações de apoio aos visitantes, materiais de divulgação
Estacionamento de ligeiros e autocarros
A partir do Centro de Acolhimento e Interpretação, os visitantes poderão aceder, de automóvel, aos diferentes sítios, apoiando-se nas indicações da sinalética instalada; parte do circuito apenas poderá ser realizado em veículo todo-o-terreno, enquanto que outros troços terão de ser efectuados a pé .
O circuito integra-se num contexto natural de admirável riqueza e interesse paisagísticos, só se tornando possível pela colaboração dos respectivos proprietários; ao efectuar a sua visita tenha esse facto em conta, respeitando-o e contribuindo para a sua limpeza, manutenção e salvaguarda.

Horário

Verão
(1 de Maio a 15 de Setembro)
09.30h – 12.30h
15.00h – 18.30h

Inverno
(16 de Setembro a 30 de Abril)
09.30h – 12.30h
14.00h – 17.30h
Encerra nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

Entrada
Gratuita

Acessos
O circuito situa-se a cerca de 15 km de Ourique, com acesso pelo IC1 que liga Lisboa ao Algarve.

Mais informações
Direcção Regional de Évora do IPPAR
Tel +351 266 769 800
Fax +351 266 769 855

E-mail: dre.ippar@ippar.pt

Centro de Acolhimento e Interpretação
Tel +351 286 516 259
IPPAR

Tel +351 213 614 200
Fax +351 213 628 472

E-mail ippar@ippar.pt

Fonte: http://www.ippar.pt/patrimonio/itinerarios/alent_algarve/itin_cola.html





Outros lugares que pode e deve visitar nos arredores do castro da Cola










quarta-feira, 21 de novembro de 2007

E porque não aprender uma musiquinha alentejana..

Grupo Coral de Ourique


O Canto Alentejano é também parte fundamental da cultura e tradição de qualquer cidade, vila e aldeia Alentejana… Como devemos estar sempre a aprender, aqui ficam três letras de músicas Alentejanas, algumas das mais cantadas aqui na terra…

É TÃO GRANDE ALENTEJO

No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra.
Vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lá na encosta da serra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Trabalha, homem, trabalha,
se queres ter o teu valor.
Os calos são os anéis,
os calos são os anéis
do homem trabalhador.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada.
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Sítio oficial: www.ganhoescastroverde.com

Letra e música: Popular (Alentejo)
Intérprete: Ganhões de Castro Verde
(in CD "É Tão Grande o Alentejo", 1997)


ROUXINOL REPENICA O CANTE

Rouxinol repenica o cante
ao passar da passadeira.
Nunca mais tornas a Beja, oh ai,
sem passares à Vidigueira,
sem passares à Vidigueira,
sem ires beber ao falcante
e ao passar da passadeira, oh ai,
rouxinol repenica o cante.
Eu gosto muito de ouvir
cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara, oh ai,
quem aprendia era eu.
Rouxinol repenica o cante
ao passar da passadeira.
Nunca mais tornas a Beja, oh ai,
sem passares à Vidigueira.
Sem passares à Vidigueira,
sem ires beber ao falcante
e ao passar da passadeira, oh ai,
rouxinol repenica o cante.
Letra e música: Popular; adaptação: Vitorino
Intérprete: Vitorino
(in "Os Malteses", Orfeu, 1977; "Negro Fado", EMI-VC, 1988)


SE FORES AO ALENTEJO

O mar deixou o Alentejo
onde trouxe canções de oiro
mas volta a matar saudades
mas ondas do trigo loiro.
Se fores ao Alentejo,
vai vai vai vai vai.
Não te esqueças, dá-lhe um beijo,
ai ai ai ai.
Nas capelas e nos montes
há sorrisos de brancura
onde fala a voz de Deus
na voz da cal e da alvura.
Sobe o sol e abrasa a terra
a fecundar as espigas
à sombra das azinheiras
na dolência das cantigas.
Por lonjuras e planuras,
oh solidão, solidão,
eu quero paz no trabalho
p'ra poder ganhar o pão.
Popular do Alentejo

Mais um bonito vídeo sobre o alentejo...Alentejo, não há terra mais perto do céu..


Imagens: www.olhares.com

Calendário dos Jogos de Futebol -INATEL- Série B - da 1ª à 6ª Jornada



PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO, CARREGUE EM CIMA DA IMAGEM.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A tradição de uma aldeia é muito mais do que se vê



Desde há muito que se ouve falar em benzeduras e orações, ou seja, pessoas com certos males pedem ajuda a pessoas muito crentes e com fé (talvez tenham um dom) que por sua vez têm como papel fundamental rezarem pelos males que afligem as populações. São imensas as benzeduras, há a benzedura para pessoas desmanchadas, para o mau-olhado, para afastar a trovoada, para a dor de cabeça, constipação, nervo torcido, uma infinidade.

Aqui na aldeia ainda existem algumas pessoas que fazem essas benzeduras e muita gente tem curado alguns males à conta destas orações.

Para quem quiser aprender, ficam aqui algumas das mais solicitadas e praticadas benzeduras:


BENZEDURA PARA AFASTAR TROVOADA

Santa Bárbara se descalçou,
Seu caminho foi seguindo,
Jesus Cristo a encontrou e lhe perguntou: Onde vais Bárbara?
Vou espalhar esta trovoada.
Espalhe-a lá para bem longe, onde não haja eira nem beira, nem ramo de figueira, nem galo nem galinha, nem gadelhinha de lã, nem alminha de cristã.

(Reza-se até a trovoada passar)


BENZEDURA DO AFASTAR O MAU-OLHADO

Jesus, que é o Santo nome de Jesus, onde está o Santo nome de Jesus não entra mal nenhum.

Eu te benzo criatura do olhado; se for na cabeça a Senhora da Cabeça, e se for na cara a Senhora de Santa Clara, e se for nos braços o Senhor de S. Marcos, e se for nas costas as Senhoras das Verónicas, e se for no corpo o meu Senhor Jesus Cristo que tem o poder todo.

Sant’Ana pariu a Virgem; meu Senhor Jesus e assim como isto é verdade, assim este olhado daqui tirado, para as ondas do mar seja lançado, para onde não oiça galos nem galinhas cantar; em louvor de Deus e da Virgem Maria, Padre Nosso e Avé Maria.

Esta benzedura faz-se com o rosário na mão.

Reza-se uma Salve Rainha; Diz-se nove vezes em cada vez que se faz o exorcismo.


BENZEDURA DUM NERVO TORCIDO

Diz quem benze:
Jesus, que é o Santo nome de Jesus, onde está o Santo nome de Jesus não entra mal nenhum.
A pessoa que vai coser pega numa agulha e num novelo de linha e diz: eu coso, e quem está padecendo responde: carne quebrada e nervo torto. Depois quem cose diz: cosa a Virgem melhor do que eu coso, a virgem cose pelo são e eu coso pelo vão. Em louvor de Deus e da Virgem Maria. Padre Nosso e Avé Maria.

Depois de se fazer esta benzedura, molham-se os dedos em azeite e esfrega-se a parte dorida. Reza-se um Padre Nosso e uma Avé Maria a Santo Amaro, advogado de pernas e braços e oferece-se à Sagrada Morte e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e repete-se a reza nove vezes.

Esta benzedura deve ser feita em três dias seguidos, mas se for benzido a um Domingo valerá pelos três dias.

Na Aldeia também há artistas

No passado ano de 2006, desenvolveram-se na Aldeia dois cursos pós-laborais de carácter prático, um com o tema Bainhas Abertas e o segundo de Pintura.
Esta iniciativa teve como entidade a ESDIME(Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste) e como coordenadora a Dra. Marta Afonso. Contou com mais ou menos 20 mulheres aqui da terra e o sucesso foi magnífico.

Ficam aqui algumas fotos das peças feitas nos dois cursos.


PINTURA

Quadros








Almofadas




Bolsa e Pano




T-Shirt




Azulejo, Prato e Telhas





Jarrinho para o vinho





BAINHAS ABERTAS