quarta-feira, 21 de novembro de 2007

E porque não aprender uma musiquinha alentejana..

Grupo Coral de Ourique


O Canto Alentejano é também parte fundamental da cultura e tradição de qualquer cidade, vila e aldeia Alentejana… Como devemos estar sempre a aprender, aqui ficam três letras de músicas Alentejanas, algumas das mais cantadas aqui na terra…

É TÃO GRANDE ALENTEJO

No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra.
Vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lá na encosta da serra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Trabalha, homem, trabalha,
se queres ter o teu valor.
Os calos são os anéis,
os calos são os anéis
do homem trabalhador.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada.
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Sítio oficial: www.ganhoescastroverde.com

Letra e música: Popular (Alentejo)
Intérprete: Ganhões de Castro Verde
(in CD "É Tão Grande o Alentejo", 1997)


ROUXINOL REPENICA O CANTE

Rouxinol repenica o cante
ao passar da passadeira.
Nunca mais tornas a Beja, oh ai,
sem passares à Vidigueira,
sem passares à Vidigueira,
sem ires beber ao falcante
e ao passar da passadeira, oh ai,
rouxinol repenica o cante.
Eu gosto muito de ouvir
cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara, oh ai,
quem aprendia era eu.
Rouxinol repenica o cante
ao passar da passadeira.
Nunca mais tornas a Beja, oh ai,
sem passares à Vidigueira.
Sem passares à Vidigueira,
sem ires beber ao falcante
e ao passar da passadeira, oh ai,
rouxinol repenica o cante.
Letra e música: Popular; adaptação: Vitorino
Intérprete: Vitorino
(in "Os Malteses", Orfeu, 1977; "Negro Fado", EMI-VC, 1988)


SE FORES AO ALENTEJO

O mar deixou o Alentejo
onde trouxe canções de oiro
mas volta a matar saudades
mas ondas do trigo loiro.
Se fores ao Alentejo,
vai vai vai vai vai.
Não te esqueças, dá-lhe um beijo,
ai ai ai ai.
Nas capelas e nos montes
há sorrisos de brancura
onde fala a voz de Deus
na voz da cal e da alvura.
Sobe o sol e abrasa a terra
a fecundar as espigas
à sombra das azinheiras
na dolência das cantigas.
Por lonjuras e planuras,
oh solidão, solidão,
eu quero paz no trabalho
p'ra poder ganhar o pão.
Popular do Alentejo