segunda-feira, 16 de novembro de 2009

É chegada a hora da apanha da azeitona...

O dia começou cinzento. Avizinhava-se chuva mas o dever de mais um dia de trabalho dá o toque de partida para a cerca. A apanha das azeitonas já vai a meio e há que despachar o serviço que o vizinho do lado já tem quase 1000kg apanhados.
Estende-se o toldo em volta da oliveira. “Estas estão gradas. São boas para escolher”. O Verão pouco quente foi bom para a azeitona. O que faz com que o trabalho seja dobrado e se precise de unir esforços com toda a família para se conseguir “vareijar” todo o olival.
Pais, filhos, primos e comadres juntam-se em volta de uma oliveira. Contam as sacas, contam as oliveiras que faltam. Falam de tudo e de nada, contam histórias aos mais novos, de coisas passadas que servem para enfrentar o futuro. Riem-se, choram, falam dos vivos e dos mortos. Mais uma saca.
Os aguaceiros aparecem ainda antes do meio-dia mas não assustam quem trabalha. “Veste-se um casaco e põe-se um chapéu na cabeça, também já não falta muito para o almoço”.
Depois da açorda de bacalhau, o retorno às oliveiras. Olham em redor e contam por alto os quilos que faltam. “Com este tempo, ainda não é hoje que chegamos aos 600kg…”. A chuva acentua-se a cada quilo que aumenta. Passam os vizinhos pela estrada, não se dá muita conversa que o trabalho não espera. Mais uma saca.
A humidade do dia já está entranhada nos toldos, nas roupas e na alma dos que apanham a azeitona. É esta a rotina, todos os anos, todas as temporadas. Vale a companhia, os risos das famílias por cada história que se conta. E fica sempre tanta coisa por dizer…
A dor nos braços ao fim do dia fica para segundo plano quando se chega a casa e se conta mais uma novidade, mais um conto que se aprende, mais uma experiência que fica.
“Hoje apanhámos oito sacas. E já chegámos aos 1000kg. Agora, ainda falta a cerca do poço.”

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Rastolhice... Este nome diz-lhe alguma coisa :)... Estes Srs. são simplesmente fantásticos...



Apresentaram-se com umas modas bem alentejanas, no dia 6 de Novembro, na Aldeia de Palheiros. Os Rastolhice, fazem parte do cartaz, do Mês do Cante e Dança, projecto este da responsabilidade da Câmara Municipal de Ourique.

Eles são os Rastolhice:
"Com a junção das experiências vividas em diversas áreas musicais, mantendo a traça genuína do cante alentejano propõe o grupo RASTOLHICE , uma abordagem sempre em ambiente de festa; o cantar modas...
Fonte : http://www.youtube.com/watch?v=6dkF7LxIaVE&feature=related

Crónica...II Edição da Festa da Castanha e do Vinho

Mais uma Festa da Castanha e do Vinho que passou, mais um sucesso garantido da Associação Nossa Terra e de todos os Palheirenses.

Aconteceu no passado sábado, a II Edição da Festa da Castanha e do Vinho. Depois de muitos fins-de-semana e uma semana inteirinha, a organizarmos o evento, desde enviar ofícios para as entidades, comprar a comida, analisar o stock dos pratos, talheres e copos, avançar com a divulgação, decorar o espaço, rezar para que a tenda não levantasse voo, ver tudo ao pormenor e garantirmos que nada estava em falta (falta sempre qualquer coisinha), no sábado pelas 17h00, deu-se inicio a mais uma festarola.
Perto das 17h: “Todos aos vossos lugares, bilheteira, bar, cozinha, grelhados…vamos dar inicio à festa “..
“Existem dois tipos de bilhetes, um de dois euros, que só dá acesso à festa e um de 5€ que dá direito ao menu (caldo-verde, linguiça assada, uma bebida de copo e castanhas)”….. foi assim o discurso de quem teve na bilheteira algumas horas a receber os visitantes…..Os nossos visitantes e convidados começaram a chegar, apressadamente, para arranjar um lugar na primeira fila, pois, o espectáculo das Moçoilas estava quase, quase a começar.
18h45, subiram ao palco as tão esperadas Moçoilas, moças “marafadas”, vindas de terras algarvias.
Diz quem viu, que foi um espectáculo grandioso, excepcional, quatro vozes femininas, sem qualquer reforço instrumental. Apenas se ouviram quatro vozes altivas, que vibraram todo aquele espaço..
Depois do concerto, a fome começou a apertar, era chegada a hora de servir o jantar e os petiscos.
“Se faz favor, quero o meu menu, tudo a que tenho direito….para mim são só o caldo-verde e as castanhas…vá lá uma garrafinha de vinho aqui para o primo….venha dai uma imperial bem fresquinha e umas castanhas para tapar”….foi assim que a nossa cozinha e o nosso bar começou a trabalhar a todo o vapor.
A Vera Rogado começou o baile. A brisa fresquinha que entrava por tudo quanto era tenda, deu lugar a um ambiente mais quentinho. A nossa pista de baile teve sempre cheia..não sabemos se era do frio ou se o bailarico estava mesmo bom.
Certa altura, o recinto começa a encher cada vez mais e havia um motivo para tal. 21h30, era a hora da tão aguardada actuação do nosso Grupo Coral Infantil da Aldeia de Palheiros, os nossos “Ceifeirinhos”. São crianças incríveis, cheias de força e de vida, com gosto pela música tradicional alentejana. É de louvar a capacidade destes meninos, a alegria e a emoção que eles nos transmitem…
Foram muito aplaudidos e no final o público gritou a tão sempre esperada frase: “ Só mais uma, só mais uma…e satisfizeram a vontade de todos nós.
Terminada a actuação dos Ceifeirinhos, continuamos com o baile, a vender mais umas imperiais, castanha, água-pé e a boa bifana… foi assim até às 3h e pouco da matina.
Fizemos uns arrumos no recinto, para que no outro dia fosse mais fácil….pois as dores no corpinho seriam muitas…
Queremos agradecer do fundo do coração ao Sr. Daniel que foi incansável na montagem de todo o material e como sempre, uma pessoa muito preocupada com os desenrolar da festa, uma vez que o tempo nos pregou uma partida, mas já estamos habituados…. Também temos um agradecimento sempre muito especial e com muito carinho, para todos os Palheirenses, que nos ofereceram bolos, ajuda monetária, bordados para podermos vender rifas…etc..etc… Estão sempre no nosso coração e queremos contar sempre com o vosso apoio.

Para o ano há mais :)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dicas caseiras, que podem ser úteis ....


1 - Problema com formigas:
Coloque casca de pepino junto à saída das formigas

2 - Para ter gelo puro e límpido:
Ferva a água antes de congelar

3 - Para pôr os espelhos a brilhar:
Limpe com alcool

4 - Para tirar pastilha elástica da roupa:
Ponha a roupa no congelador durante 1 hora.

5 - Para branquear roupa branca:
Ponha a roupa em água quente com uma rodela de limão durante 10m

6 - Para dar brilho ao seu cabelo:
Adicione uma colher de chá de vinagre à água de lavar .

7 - Para obter o máximo de sumo de limão:
Ponha o limão, durante 1 hora, em água quente antes de o espremer.

8 - Para reduzir o cheiro a couves quando estiver a cozê-las:
Ponha uma fatia de pão dentro da panela.

9 - Para se ver livre do cheiro a peixe das mãos:
Lave as mãos com um bocadinho de vinagre de cidra.

10 - Para evitar chorar enquanto corta cebola:
Mastigue pastilha elástica.

11 - Cozer batatas mais rapidamente:
Descasque meia batata.

12- Para cozer ovos mais rapidamente:
Coza os ovos em água com sal.

13 - Para verificar a frescura do peixe:
Ponha o peixe inteiro num recipiente com água fria, se ele flutuar, está fresco.

14 - Para verificar a frescura dos ovos:
Ponha o ovo em água fria, se ficar na horizontal está fresco. Se ficar na diagonal tem 3 ou 4 dias. Se ficar na vertical tem 10 dias. Se flutuar está estragado.

15 - Para tirar tinta das roupas:
Ponha uma camada (generosa) de pasta de dentes, deixe secar completamente e depois lave.

16 - Para descascar rapidamente as batatas:
Passe por água fria a seguir a cozer.

17- Para se ver livre de ratos e ratinhos:
Ponha pimenta preta no sítios onde os vê passar. Eles fugirão.

18 - Para acabar com os mosquitos no seu quarto à noite:
Espalhe folhas de hortelã pelo quarto especialmente ao pé da cama e da almofada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Reportagem Fotográfica - II Festa da Castanha e do Vinho 2009 - Aldeia de Palheiros

**RECORTE DE IMPRENSA**- II Festa da Castanha e do Vinho na Aldeia de Palheiros

Ao clicar num destes links, poderá ler as noticias, acerca da II Festa da Castanha e do Vinho. Se encontrar mais algum link, envie para nós.

http://www.radiopax.com/noticias.php?go=noticias&id=7592&d=noticias
http://cm-ourique.pt/noticias/detail/id/209/
http://www.mapav.com/beja/ourique/ourique/
http://aldeagar.blogspot.com/2009/11/ii-festa-da-castanha-e-do-vinho-07nov09.html
http://zigdebeja.blogspot.com/

II Festa da Castanha e do Vinho 2009 na Aldeia de Palheiros .....Mais um grande sucesso da Nossa Terra :)

Aniversário....Quem não se lembra da Rua Sésamo :) ????

Misturava actores reais com fantoches. Estreou-se nos EUA há 40 anos, mas só passados 20 chegou a Portugal. A "Rua Sésamo" foi dos programas infantis mais célebres do sempre.



Um pouco de História:

Princípio dos anos 90. A televisão pública norte-americana está sob fortes críticas. Nessa altura, um grupo de portugueses viaja para o outro lado do Atlântico. Razão: vão falar ao Senado sobre a importância de programas como a Rua Sésamo, cuja adaptação portuguesa era tida como um exemplo a seguir. Maria Emília Brederoque Santos, a directora pedagógica, e o produtor Manuel Petrónio - dois elementos do núcleo duro português - foram então recebidos oficialmente para fazer a defesa daquele que já era um dos programas infantis mais bem célebres de sempre. Hoje, 40 anos depois da estreia americana, Portugal também tem motivos para festejar. Lançada cá há 20 anos, a Rua Sésamo não se limitou a ensinar o abecedário e os números aos mais novos: deixou toda uma geração órfã das músicas do Monstro das Bolachas, do Conde Kontarr e da boa disposição de Poupas.

"Vem brincar, traz um amigo teu. E ao chegar, tu vais poder também ensinar como se vai até à Rua Sésamo." Começava assim o genérico do programa que passava nos fins de tarde da semana e que deixava os miúdos colados ao ecrã. A fórmula era um sucesso: ensinava a brincar. Resultado: agarrava os pequenos, agradava aos graúdos.

"Tínhamos objectivos muito concretos, definidos com base em vários seminários de pessoas ligadas à educação e aos PALOP", recorda Maria Brederoque Santos, hoje ligada ao Ministério da Educação. A ideia passava por identificar as principais necessidades educativas das crianças dos dois aos seis anos, embora o programa também tivesse êxito nos pré-adolescentes até aos dez. Por outro lado, continua a ex-directora pedagógica, "dava-se muita importância à aprendizagem da língua e à preparação da leitura e da escrita".

Na versão original ("Sesame Street") emitida nos EUA, o programa contou com um número recorde de episódios: 4135. Por cá, recorda Teresa Paixão, actual directora de programas infantis da RTP2 e uma das guionistas da "Rua Sésamo", foram feitas "quatro séries, duas de 130 episódios e duas de 90". "Estamos a falar de uma altura em que nem todas as crianças frequentavam o pré-escolar. O ensino era privado e foi graças à Rua Sésamo que muitos miúdos aprenderam as letras e os números."

Apesar da ter escrito uma página de sucesso na história dos programas infantis - e da própria educação -, nem tudo correu bem à produção portuguesa. Para a história fica o trágico episódio de um acidente de helicóptero na Figueira da Foz, que vitimou todos os membros da produção que ocupavam o aparelho, e algumas peripécias nas filmagens em África, que levaram à detenção da equipa portuguesa em Angola, acusada de filmar objectivos militares. "Era apenas um pôr do Sol", conta o realizador Ricardo Real Nogueira.

Americanos exigentes Ao todo, a versão portuguesa da Rua Sésamo esteve no ar sete anos, com um custo de 400 mil contos por cada série. Do elenco, que ultrapassava a dezena de actores, faziam parte nomes como Alexandra Lencastre, Vítor Norte, António Anjos ou Fernando Gomes. Alguns eram apenas responsáveis por dar voz aos Marretas de Jim Henson, inicialmente coordenados por João Lourenço e mais tarde por António Feio.

Apesar de a maior parte dos conteúdos chegarem dos EUA, o programa contava com dez minutos diários de produção portuguesa, onde eram exibidos documentários, cenas de estúdio e animações, sempre sob a supervisão americana. "Eram muito exigentes", comenta o realizador Ricardo Real Nogueira. "A compra do formato passava também por uma formação do núcleo duro nos EUA." Quando o programa chegou ao fim, a RTP2 lançou aquele que considera o filho da "Rua Sésamo": "Jardim da Celeste". Hoje, diz Teresa Paixão, "temos a neta, a 'Ilha das Cores'".

Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/32054-rua-sesamo-poupas-e-companhia-sem-crise-meia-idade