Casas brancas, cadentes, ardentes
Onde o sol esmorece e se reflecte
Em catadupas de luz.
O ar é fogo na tarde calma
É o marasmo do tempo
A vida se reclina e se declina lentamente
Ao ritmo de eternidade.
O céu é límpido, sereno, imaculado,
Apenas salpicado de onde em onde
Pela sombra de uma árvore.
Chora a saudade a campina
Que soluça desgarrada
Sequiosa, ansiosa
Pela bênção de uma fonte.
E na imensidão deste mar plangente
Avança e alastra dolente
A solidão do monte.
Autora: Amélia Rei