O propósito deste blog é dar a conhecer uma das mais belas aldeias do Baixo Alentejo, a Aldeia de Palheiros. Pretende-se divulgar costumes, tradições, eventos culturais, colocar recordações e outras notícias diárias que sejam pertinentes divulgar...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
FELIZ ANO NOVO
Em 2008 continue a passar pela nossa página pois há sempre muitas novidades para lhe contar acerca da Aldeia de Palheiros…
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
www.cm-ourique.pt
É de elogiar o excelente trabalho desenvolvido na execução desta página que para além de divulgar as informações institucionais e turísticas, será o ponto de contacto entre a Câmara Municipal de Ourique e os seus stakeholders.
Bem difundida esta informação chegará aos quatro cantos do mundo, uma vez que as tecnologias de informação são a difusão social da informação em larga escala e estão em constante desenvolvimento e são de fácil acesso.
A perseverante actualização, rigor e a criatividade de todas as peças expostas no site, tornar-se-ão na “chave” para a promoção concelhia e mais um passo para o desenvolvimento local.
Foi noticia no Correio do Alentejo :
http://www.correioalentejo.com/?diaria=1468
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
E assim passou o Natal...
MESA DE JANTAR DE NATAL
MESA DA CEIA DE NATAL
AS IGUARIAS NATALÍCIAS
AS COUVES
O BELO LEITÃO
BOLO REI
BROAS
FILHÓS
SONHOS
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Festa de natal para as crianças da Aldeia
Na passada sexta-feira dia 14 de Dezembro a convite da Câmara Municipal de Ourique, os meninos da Aldeia, como também as outras crianças do concelho, participaram na festa de Natal, organizada pela mesma. No meio de tanta alegria, brincadeiras e muito divertimento, o momento da troca de presentes foi o mais eufórico.
Os Alunos dos jardins-de-infância foram presenteados com o livro “Quem é o teu melhor amigo”, enquanto que aos alunos das escolas básicas foi oferecido o livro intitulado “Conhece os teus direitos”.
Foram presentes simbólicos que de alguma forma são um incentivo à descoberta e gosto pela leitura.
São momentos como este, que colocam um sorriso na face das nossas crianças…Que o ano de 2008 preencha os corações destes meninos com mais acções como esta.
Os Pinheiros de Natal da Aldeia
Nada escapa ao blog da Aldeia, então fomos de casa em casa tirar fotos aos pinheiros de natal das famílias e estabelecimentos comerciais da Aldeia.
A reportagem fotográfica ainda continua, por isso mais árvores serão fotografadas.
Árvore de Natal - Família Guerreiro
Árvores de Natal - Família Ventura
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Nesta quadra tão simbólica, todas as famílias se reúnem, reencontram entes queridos, trocam presentes, enfeitam as suas casas com os símbolos de Natal, a árvore, o presépio, o sapatinho na chaminé, fazem os deliciosos doces e fritos de Natal, é uma época de alegria, harmonia e grande convívio.
O Natal é a festa das crianças, encanta os adultos e é a época mais esperada do ano.
O blog da Aldeia de Palheiros...
Deseja-lhe...
UM FELIZ, GRANDIOSO, ILUMINADO NATAL, CHEIO DE PRENDINHAS E MUITO AMOR, NA COMPANHIA DAQUELES QUE MAIS AMA...
Canções de Natal
Alegrem-se os céus e a terra,
Cantemos com alegria,
Já nasceu o Deus Menino,
Filho da Virgem Maria! » (bis)
Entrai, pastores, entrai,
Por este portal sagrado.
Vinde adorar o Menino, numas palhinhas deitado.» (bis)
Entrai, pastores, entrai,
Por este portal adentro;
Vinde adorar o Menino, no seu santo nascimento. » (bis)
Pinheirinho, pinheirinho
De ramos verdinhos
P'ra enfeitar, p'ra enfeitar
Bolas, bonequinhos. (bis)
Uma bola aqui
Outra acolá
Luzinhas que brilham
Que lindo que está.
E o Pai Natal
De barbas branquinhas
Traz o saco às costas
Que lindas prendinhas.
É Natal, é Natal
Tudo bate o pé
Vamos pôr o sapatinho Lá na chaminé
Olha o Pai Natal, de barbas branquinhas
Traz o saco cheio de lindas prendinhas
Pai Natal Irá trazer Brinquedos para nós
Para a Zeca uma boneca
Para o Zito um apito
Uma bola para saltar
É o que quer o Baltazar
Uma história infantil de Natal...
Tudo caminhava para a perfeição, pensava Pedro, a cada dia mais expectante. Como gostava de passear nas ruas da cidade, admirando o festival de luz e cor que lhe aquecia o coração e aumentava a ansiedade pelo grande momento: a noite de Natal, as prendas que o Pai Natal lhe ia oferecer. Afinal de contas, pensava, “portei-me bem todo o ano”. E para que não restassem dúvidas, quase todos os dias perguntava à mãe, sem esperar qualquer outra resposta que não fosse a confirmação de que fora, sempre, um bom menino. Enchia o peito de satisfação quando ouvia as palavras mágicas da mãe: “é claro que sim, Pedro, portaste-te muito bem”.
Pedro tinha oito anos e andava no terceiro ano. Nesta altura, lá na escola, havia fortes discussões sobre a existência do Pai Natal. Pedro perdia a paciência com alguns dos seus colegas quando estes diziam que o Pai Natal não existia. “É claro que existe, já o vi na televisão, mora na Lapónia”, argumentava, com veemência, “e todos os anos, pelo Natal, anda pelo mundo, com as suas renas, a distribuir presentes”. E advertia-os: “vocês assim não vão ter prendas do Pai Natal”.
Se Pedro já andava excitado, mais ficou quando a sua professora lançou um desafio à turma: “cada um de vós vai fazer uma composição sobre o Natal. Escolhemos a melhor e, depois, vamos tirar, dessa composição, algumas frases para se fazer o postal natalício da Escola”.
A cabeça de Pedro entrou logo em frenesim. Tinha que falar do Natal, começou a alinhavar ideias para a composição e não tardou a pegar no seu caderno, com receio de esquecer tudo o que ia no seu pensamento. O lápis correu rápido, tanta coisa queria escrever sobre a sua época favorita.
Essa manhã de escola passou num ápice e Pedro regressou a casa muito satisfeito. Contou à sua mãe o que tinha acontecido e desbobinou, num sufoco, tudo o que tinha escrito. “Falei de tudo”, disse com ar de contentamento, “da família que se reúne na noite de Natal, como nós na casa dos avós, com os tios e primos todos, da alegria que contagia as pessoas, do Pai Natal…,” dizia ofegante. “Calma, Pedro”, disse a mãe para o sossegar, “tenho a certeza que a tua composição está muito bem”. “Vou ganhar, não vou mãe?”, interrogava Pedro, para logo contar à mãe mais coisas que tinha escrito. “Não me esqueci de falar dos pobres meninos que não têm família, nem das pessoas que vivem nas ruas”, lamentando-se do “Natal triste que eles vão ter”.
Chegou o dia do anúncio da composição vencedora. Pedro sentia-se confiante. Depois de dar os parabéns a todos, pelo empenho e pelas boas composições que fizeram, o momento da verdade: “a composição que escolhi foi a do Adnan”, sentenciou a professora. Quase todos ficaram espantados.
Adnan, era um menino bósnio que chegou há dois anos à escola. “Não comemoro o Natal porque eu e a minha família somos islâmicos”, começava assim a sua composição. E continuava: “quando cá cheguei, pouco percebia, mas o meu pai explicou-me muitas coisas sobre esta tradição. O Natal é uma festa bonita, porque todos os católicos se juntam para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, para eles o filho de Deus. Há muita alegria, paz e as pessoas gostam de trocar presentes, como fizeram os Reis Magos quando Jesus nasceu. Não fazemos festa lá em casa, mas gosto do Natal porque as pessoas andam diferentes, mais contentes e amigas. Há música nas ruas e no coração das pessoas. É pena não ser sempre assim”. Adnan escreveu mais, quer sobre o Natal, quer sobre os seus costumes, mas a forma como terminou fez sorrir os colegas: “só ainda não percebi muito bem quem é o Pai Natal”.
Nesse ano, o postal de Natal da escola do Pedro e do Adnan dizia: “No Natal, há música nas ruas e no coração das pessoas. É pena não ser sempre assim”.
Eduardo Carvalho, com a ajuda da Inês e do Diogo.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
ASSOCIAÇÃO DE CAÇADORES ALDEIA DE PALHEIROS - Encontro dia 09-12-2007
A alvorada foi bem cedo, não faltou o bom do pequeno-almoço, pois porque caçador que é caçador tem que se alimentar bem, porque tem muito que caminhar :-)...
A tão esperada foto do grupo....Ora aqui está ela...Grande equipa...
Eis o resultado de um dia bem passado, no mais perfeito convivio...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
O Plantel - PALHEIRENSE
O plantel conta com jovens da aldeia e de outras localidades do Concelho de Ourique.
No passado sábado realizou-se no campo de futebol da aldeia o segundo jogo do campeonato, cujo adversário foi a equipa de futebol Jungeiros. Infelizmente fomos derrotados por 1-0. Mas nada de desanimar ainda há mais 12 jogos a disputar, nada está perdido.
No próximo dia 15 de Dezembro a aldeia vai defrontar a equipa de futebol Louredense, a equipa que está à frente do campeonato, mas o Palheirense não tem nada a temer. Força Palheirense…A Aldeia está contigo…
Resultados da 2ª Jornada – 8 de Dezembro 2007-12-10:
Trindade 0 – 0 Louredense
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Dá que pensar!!???
http://bestof.blogs.sapo.pt/2007/01/
Numa daquelas conversas de lareira, em que muitos e variados são os assuntos, o tema que surgiu desta vez foi o desemprego.
Desemprego para aqui, desemprego para ali, a vida está difícil, o dinheiro não chega para nada, gastamos tanto tempo das nossas vidas a estudar e não arranjamos um emprego decente, se soubéssemos o que sabemos hoje, um cursinho de formação profissional chegava-nos, enfim, desabafos…
No avançar da conversa surge o assunto dos jovens licenciados da Aldeia de Palheiros, ou melhor, aprofundou-se com profunda revolta a questão do porquê dos jovens licenciados da Aldeia não serem integrados em entidades empregadoras do Concelho de Ourique.
Em jeito de “estudo de mercado”, começa-se a fazer contas ao número de jovens com cursos superiores, filhos desta terra. Quantos estão desempregados, quantos tiveram de sair do seio da sua família para procurar trabalho e quantos são aqueles, que foi dada a grande oportunidade e tiveram muita sorte em poder estar a trabalhar perto da sua família, fazer alguma coisa pela sua terra, estar perto dos amigos, fazer um pé-de-meia para o futuro, enfim, não é para todos, porque será?
As estatísticas foram bastante conclusivas, ora vejamos:
Em 20 jovens Palheirenses licenciados, 15 estão empregados fora do Concelho de Ourique, 2 estão desempregados mas com perspectivas de conseguirem emprego, mas fora do Concelho de Ourique e apenas 3 licenciados, por obra do Espírito Santo, ou Quiçá por obra do Factor C, conseguiram empregar-se aqui na zona, sorte a deles, azar dos outros..
Muito mais se poderia dizer, mas para quê??? Se alguém conseguir responder há questão acima mencionada, os jovens Palheirenses licenciados agradecem.
Dicionário Alentejano
Algumas destas palavras e expressões ainda são usadas pela nossa gente, outras caíram em desuso. Para além destas, muitas mais são ditas no dia-a-dia da Aldeia.
Pode sempre contribuir com mais uma palavrinha…Vá lá atão…Venha de lá esse escritinho…
A
Arraiol - Berlinde
Arriar o Calhau - (exp.) Ir ao WC
Adondi -Onde
Atão - Então
Azete - Azeite
Amori - amor
Abalari - ir embora
Açucre - Açúcar
Amanhari - arranjar
Andê - Andei
Agente- Nós
Ali ó pé - Ali junto
Abalou - Foi embora
Azarado - Pessoa que não tem sorte
Anzoli - Anzol da pesca
Apoquentado - Preocupado
Arretalhar - Dar um corte com a faca, normalmente em azeitonas e castanhas
Andar à unha - andar em desavenças, desentendido
A modesqui - (exp) Parece que !!
Avondo - já chega
Azelha - Sem jeito, pouco habilidoso
Assomar - Espreitar - (exp.) assoma-te aqui ao vestigo
Às tantas nem sabe o que está a escrever - (exp.) provavelmente nem sabe ....
Aonde vais - (exp.) onde vais?
B
Barafunda - Confusão
Bresuntar o pão - Barrar o pão (c/ mateiga )
Bodega - Coisa sem utilidade
Balharico - Baile
Balhe - Baile
Banhar - Nadar
Bem esgalhado- bem feito
Bem amanhado - Bem arranjado, bem tratado (exp.): esta horta tá bém amanhada
Bajolo - Pedra grande sem formato, pessoa forte
Balhar – dançar
Bêços- lábios
C
Campo da Bola - Estádio de Futebol
Cambra - Câmara Municipal
Calitro - Eucalipto
Cafei-café
Camineta - Camionete
Compromissio - Compromisso
Carepa - caspa (cabelo)
Chóriço - Chouriço
Calidade - Qualidade
Canti - cantar
Canzuada - Vários Cães
Clubi - Clube
Casão - Armazém
Como tão? - Como estão, como vão
Cuprativa - Cooperativa
Chico - Francisco
Cheira mal que trasanda: (exp.) Quando lhe cheira mesmo muito mal
Catrina - Catarina
Cambria - cãibra
Chanfrado da cabeça - (exp.) Que está tonto, maluco
Canseira - Trabalheira, trabalho difícil
Chegou a casa às tantas - (exp.) chegou muito tarde
Cover - O que houver (exp.) Haja o que Houver
Chapada - Estalada (exp.)Levas uma chapada
Cadinho - um bocado, só um pouco (exp.) dá-me um cadinho de pão
Calhando - Talvez
D
Dê - Dei
Drento - Dentro
Drumir - Dormir
Desapareceu do mapa -(exp.) Deixou de ser visto
Dreta - Direita
Desanda - vai-te embora
Desampara-me a loja - vai-te embora
Dar vazão - Chegar para as encomendas
Desencaminhado- marginal
De má rés - pessoa imprestável e ou perigosa
De má raça - Pessoa imprestável
Dempelão - despido , nú
E
Enrascado - Atrapalhado
Esgroviada - Pessoa alvoraçada (Mulher)
Encanfuado - Escondido
Estrampalhado - Avariado . Desorganizado
Estás armado em carapau de corrida - (exp.) quando alguém se julga mais esperto
Endreta-te - Pôr direito
Esquero - chiqueiro, pocilga porcos
Enfardar - Comer, levar porrada - (Exp.) Já tás a enfardar
Alcagoitas - amendoins
Enxovalhado - Amarrotado, desrespeitado
Enrascado - Que esta atrapalhado , confuso
Esgravatar- Pequenas escavações que alguns animais domésticos fazem com as patas
Faxavore - Se faz favor
Furgoneta - Carrinha
Farrapo - Pedaço de pano
Fuim - Fui
Fazer das tripas coração (exp.) suportar com paciência
Galdéria - Mulher mal comportada
Ganir - Ladrar
H
Havera - Haver
Inda tás aí? - (exp.) Ainda aí estás?
Intricante- intriguista
J
Jaquim - Joaquim
L
Lête-leite
Lavrari - Lavrar
Maneli - Manuel
Mê filho - Meu filho
Murtado - Multa
Metêssi - Metesse
Maniento - Vaidoso, pessoa com ar importante
Magana - Mulher velhaca, trapaceira
Marrafa - Risco no cabelo depois penteado
Mudar a água às azeitonas - Urinar
Moço- rapaz
Nã - Não
Nôte – Noite
Nomi - Nome
Nã te rales - ( exp.) não te preocupes
Nã diz coisa com coisa - (exp.) Já não sabe o que diz
Nã dá conta do recado - (exp.)Não consegue tratar das tarefas que se propôs
P
Pôr-se na alheta - fugir, escapar-se
O
Óvera - Havia
Onte - Ontem
Ontágora = há pouco tempo atrás
Óvintes - ouvintes
Ontiagora - à momentos atrás
Odepois - Depois
P
Pitróli - Petróleo
Pêxe - Peixe
Poio, Bosta - Excremento
Pinote - Salto
Pirum - Peru, perua
R
Ribêra - Ribeira
Respêto - Respeito
Rabanho - Rebanho
S
Sô - Sou
São mais que muitos- (exp.) são muitos
Se bem calha - (exp.) provavelmente
Sombrinha - Chapéu de chuva
Suão - Vento sul muito quente
Távendo - Esta a ver
Tremera - Nervoso
Tanganho - Pauzinhos
Tardi - Tarde (boa tarde)
Tónho - António
Tamêm - Também
Trempe - Acessório em ferro para colocar as panelas ao lume
Tas com fastio? - tas sem fome?/Tas enjoado
Tanta famila - Muita gente
Tém ávondo - Já chega
Tava -Estava (exp.) estava estudando
U
Untar o pão - Barrar o pão .
V
Vreda - Vereda (atalho, caminho)
Viu uma data deles - (exp.) viu muitos
Velháca - má
Viro-te do avesso- Ameaça de agressão física
Vocemessê - Você
Z
Zéi - (Zé) José
Zêtona- azeitona