sábado, 17 de maio de 2008

POEMA : ALDEIA DE PALHEIROS

Como se fosse pintada na tela, na paisagem desenhada,
Sobressaindo no verde da Primavera, branco casario,
Aldeia do Alentejo, outrora de trigo cercada,
Memória do passado, onde só resiste o estio!

Terra de tantas vontades, pátria de guerreiros,
Eiras e searas perdidas, nunca ai faltou o pão,
Do celeiro farto, ainda restam os palheiros,
Corpo despido, onde pulsa o coração!

O sol porém há-de dar-lhe nova vida,
Suas gentes hão-de unir-se, para dela cuidar,
Da estrada há-de vir o fôlego redentor….

Aldeia branca, branca é a minha ermida,
Na cumeada erguida, onde a lua vem poisar,
Aceita este tributo, a minha devoção, o meu suor!